A Fatec Piracicaba passa a ser nomeada Deputado Roque Trevisan após a provação do projeto de Lei nº 585, de 2010.
Roque Trevisan ex. Deputado Estadual – PCB e ex Líder dos Trabalhadores Tecelões do Estado de São Paulo e do Partido Comunista do Brasil, trabalhava e defendia os direitos dos trabalhadores, o ensino público gratuito em todos os níveis, a extinção do Policia Política DOPS, o levantamento aerofotogramétrico do Estado de São Paulo, entre outras bandeiras sociais e a liberdade sindical, a voz dos sindicatos e trabalhadores na ALESP.
Foi eleito entre outros 63 deputados Estaduais na 1º Legislatura da Assembléia Constituinte do Estado de São Paulo, em março de 1947.
Roque Trevisan juntamente com o Ex.Deputado Caio Prado Jr; foram presos e torturados no DOPS – São Paulo, por defender causas sociais em prol dos trabalhadores do Estado de São Paulo entre outras ações fiscalizadoras contra quem comandava a Ditadura Militar no país, posicionando sempre pela liberdade sindical, de imprensa, reunião e defesa dos trabalhadores.
Roque Trevisan, era neto de Luiz Trevisan e Luiza Fregonezi Trevisan, imigrantes italianos e filho de João Trevisan e Maria Beccari Trevisan, nascido em Piracicaba, criado no distrito de Tanquinho – sítio Fazenda Boa Vista, ou seja, onde viveu com seus tios e primos. Seu avô Luiz Trevisan era administrador da fazenda Tamandupa e produtor de café em Piracicaba.
Quando cassado pela ditadura, ato do Presidente General Dutra o qual extinguiu o Partido Comunista no Brasil, cassando todos os 11 deputados do Partido na ALESP, refugiou-se no sítio Bom Vista em Piracicaba (Tanquinho) voltando mais tarde para São Paulo na luta por uma Pátria livre e uma sociedade mais justa e igual.
Foi membro da Comissão de Estatística da ALESP, criou a Comissão de Parlamentares para estudar a situação dos trabalhadores no Estado de São Paulo em 28/08/1947.
Roque Trevisan tinha ponto de vista e discursos fortes na ALESP, foi impedido de fazer comícios em praças públicas em principal na cidade de Campinas, em novembro de 1947, Deputado Roque Trevisan foi preso juntamente com vereadores e outros cidadãos na Praça do Patriarca – SP, mesmo tendo imunidade parlamentar.
Foi secretário do Sindicato dos Tecelões, sendo destituído da diretoria e conduzido a cadeia em 1946.
Por ordem da Delegacia do Trabalho, propôs também através de projeto de lei 96/1947, a criação de uma Escola Normal na cidade de Mogi das Cruzes em 22/08/1947.
Em seus discursos, reprime as arbitrariedades da policia contra representantes do povo, e pediu a destituição do Presidente da república General Henrique Dutra, por atentar contra a Constituição Federal da república, sendo fichado no DOPS sob nº PG 353.
Inobstante, Roque Trevisan era considerado a voz dos Sindicatos e da União Sindical dos Trabalhadores do Estado de São Paulo na ALESP, ou seja, no ato da cassação dos Deputados do PCB na ALESP, o Deputado Caio Prado em 13/01/1948, fez a seguinte observação de Roque Trevisan: Carrancudo, reservado, Tenaz. Tem cara de russo, mas é um bom brasileiro. Intransigente nos princípios de sua ideologia, sempre se portou entre nós, com discrição, sem clamores espetaculares, guardando elegante conduta.
Roque Trevisan nasceu em 19 de julho de 1905 e faleceu em São Paulo em 14/12/1978. Homem íntegro de princípios, admirados por todos, nos últimos anos de vida militava junto ao PCB, em local desconhecido por seus familiares.
Também cabe ressaltar, que seus tios, primos, são homens públicos na cidade de Piracicaba; ocupando cargos de destaques, como professores cartorários, engenheiros agrônomos, civil, advogados, empresários servidores públicos, profissionais liberais, civil entre outros representativos políticos ou seja, destacamos alguns, Silvio Trevisan grande articulador político de Piracicaba (anos50/60) Lodovico Trevisan – oficial maior/corregedoria de menores, Aristides Trevisan – coronel Policia Militar-SP, Lorival Mônaco – Secretario Estado – Ciência e Tecnologia – Guerrino Trevisan – vereador Presidente Câmara de Piracicaba, anos 70, e Laércio Trevisan Jr – vereador de Piracicaba (2009/2012), ou seja, quatro gerações da família Trevisan.